Judith Butler et l'identité de genre

« E X PO SE S U R J U DIT H B U TLE R , « L ’I D EN TIT E » E T « L E G EN RE » D ESTA BIL IS E S, E X TR A IT S D E T R O UBLE D AN S L E G EN RE J u dit h B utle r e st u ne p hilo so phe a m éric a in e e t p ro fe sse u re à l ’ U niv e rs it é B erk e le y d ep uis 1 993 d o nt l e t ra va il p o rte p rin cip ale m en t s u r l e g e n re , l e s q ueers e t l a t h éo rie q ueer. E lle a n o ta m men t t ra va illé s u r l a t h éo ris a tio n d e l a « p erfo rm ativ it é d u g e n re » à p artir d e p lu sie u rs i n flu en ce s, t e lle s q ue l a t h éo rie a u stin ie n ne d es a cte s d u l a n ga ge o u e n co re d u f r e n ch f e m in is m e t d e l a d éco nstr u ctio n, c e q ui a c o nstit u é u n a p po rt m aje u r d an s l e c h am p d es é tu des f é m in is te s e t q ueer. D arin B arn ey, p ro fe sse u r a gré gé a u d ép arte m en t d ’h is to ir e d e l ’a rt e t d ’é tu des e n c o m munic a tio ns d e l 'u niv e rs it é M cG ill, a a in si d écla ré q ue : « l e s t r a va ux d e B utle r s u r l e g en re , l e s e xe , l a s e xu alit é , l 'i d en tit é q ueer, l e f é m in is m e, l e c o rp s, a sso cié s à s o n d is c o u rs p olit iq ue e t é th iq ue, o nt c h angé l a f a ço n q u'o nt l e s c h erc h eu rs d u m on de e n tie r d 'e n vis a ger l 'i d en tit é , l a s u bje ctiv it é , l e p ou vo ir e t l a p olit iq ue. I ls o nt a ussi c h angé l e s v ie s d 'i n nom bra ble s p ers o n nes d ont l e c o rp s, l e g en re , l a s e xu alit é e t l e s d ésir s l e s c o n fr o nte n t à l a v io le n ce , l 'e xc lu sio n e t l 'o p pre ssio n . » E n 1 990, s o n o uvra ge m aje u r T ro u ble d ans l e g en re . L e f é m in is m e e t l a s u bve rs io n d e l ’ id en tit é p ublié a u x É ta ts -U nis . J u dit h B utle r i n vit e à p en se r l e t ro uble q ui p ertu rb e l e g e n re p o ur d éfin ir u ne p o lit iq ue f é m in is te s a n s l e f o ndem en t d ’u ne i d en tit é s ta b le . E lle s ’a p puie s u r d es t h éo rie s d ’a u tr e s g ra n ds a u te u rs c o m me L u ce I r ig a ra y, q ui t ra va ille n o ta m men t s u r l ’o ppo sit io n e n tr e l a f é m in it é e t l a m asc u lin it é , o u e n co re c o m me F o uca u lt . S a t h èse e st n o n p as d e s o lid if ie r l a c o m munau té d ’u ne c o ntr e -c u lt u re , n o ta m men t q ueer, m ais d e s u rto ut b o usc u le r l ’ h été ro se xu alit é o blig a to ir e e n l a d én atu ra lis a n t. I l n e s ’a git p as d ’in ve rs io n, m ais d e s u bve rs io n. U ne s u bve rs io n d es n o rm es q ui p rô ne l e f é m in is m e, n o n p as p arc e q ue n o us s o m mes d es f e m mes, m ais p arc e q ue n o us c o nte sto ns l e s f o ndem en ts d e c e tt e c a té go rie q ui n o us e n fe rm e, e t a u t it r e d e l a q uelle n o us s o nt i m po sé es d es n o rm es o ppre ssa n te s. B utle r s ’o ppo se à l ’ id ée d e n atu ra lit é d u s e xe e t d u g e n re e n e xp liq uan t q ue l e l ie n q ui r e lie s e xe , g e n re , d ésir e t p ra tiq ues n ’e st a b so lu m en t p as n atu re l m ais i n ve n té . D e p lu s, s o n e n ga ge m en t f é m in is te n ’e st p as f o ndé s u r u ne i d en tit é m ais s u r l a c rit iq ue d es f o ndem en ts m êm es d e l ’ id en tit é , a p po sé e p ar l e b ia is d e n o rm es c o ntra ig n an te s. D an s c e tt e a n aly se s u r l e c h ap it r e 1 , « s u je t d e s e xe g e n re d ésir » , l e c h ap it r e 3 s u r « a cte s c o rp o re ls s u bve rs if s » , l a c o nclu sio n e t l a p ré fa ce à l ’é d it io n d e 1 999, n o us a llo ns v o ir q ue l a n ais sa n ce d ’u n ê tr e e n t a n t q ue p ers o nne, d o nnée t o ta le m en t e sse n tie lle d an s l a m atr ic e g e n ré e d an s l a q uelle n o us é vo lu o ns, p o ur s o n e xis te n ce t o ut c o m me p o ur s o n a n aly se , p o se l e p ro blè m e d e l a n ais sa n ce d e l ’ id en tit é . S i l ’ id en tit é n o us a p para it a u q uo tid ie n c o m me i n tr in sè q ue e t g ra vé e d an s l e t e m ps, p o ur B utle r, c e n ’e st q u’u ne i llu sio n m alg ré s o n c a ra ctè re p rim ord ia l p o ur l a c o m pré h en sio n d e l ’ê tr e . L ’id en tit é , e n f a it i n att e ig n ab le , s e r é vè le f o rm ée d ’u n g e n re j o ué e t j o ue u n r ô le i m po rta n t p o ur l a c o m pré h en sio n d e l ’ê tr e . I l s e ra it i n té re ssa n t d e v o ir d an s q uelle s m esu re s l ’ id en tit é s ’in sc rit d an s u n c a d re d ’id éal i n ta n gib le m ais p o ur a u ta n t s o cia le m en t i n su bstit u ab le d an s l e q uel l ’ id en tit é s e m ouve ra it a u to ur d e l a n o tio n d e g e n re p erfo rm é. N ous v e rro ns d ‘a b o rd q ue l a c o nstr u ctio n d e l ’ id en tit é e st f a ço nnée c o m me u ne i llu sio n n éce ssa ir e . P u is n o us a b o rd ero ns q ue l e g e n re e st n éce ssa ir e m en t p erç u c o m me u ne c lé d e c o m pré h en sio n d an s u n m onde b in air e . I . L a c o nstr u ctio n d e l ’ id en tit é f a ço nnée c o m me u ne i llu sio n n éce ssa ir e A . L ’im po ssib ilit é d ’u ne t e m po ra lit é d e l ’ id en tit é. »