Critique du film MEmoria
Publié le 26/01/2022
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«
M em oria
d e A pic h atp ong W eera se th aku l
o u u ne im mers io n d ans u n e sp rit s o m bra nt d ans la d ém ence
J e ssic a H olla nd, h ortic u lt r ic e é co ssa is e , s e r e n d à B og ota e n C olo m bie a fin d e v o ir
s a s œ ur s o uff r a nte .
C ’e st le d éco r q u’A pic h atp ong W eera se th aku l p ose p our s o n film
M em oria
q ui v a a ppara îtr e fin ale m ent c o m me u ne r e p ré se nta tio n
p ic tu ra le d ’u n tr o uble d e la
m ém oir e , d ’u ne c o nfu sio n d es s e ns, d ’u n e d ila ta tio n d u te m ps.
L e s p ecta te ur a cco m pagne T ild a S w in to n , a ctr ic e é tr a n gère c e q ui e st u ne p re m iè re
p our W eera se th aku l, d ans d es p la ns la rg es, tr è s la rg e s, a ux d éco rs r ic h es e t a ux a m bia nce s
s o nore s in te nse s ( le s ile nce lo urd , le b ru it b la nc).
L a d is ta nce d u s p ecta te ur e t d u s u je t e st à
l a fo is d ié gétiq ue e t v is u el.
L ’id entif ic a tio n à J e ssic a H olla nd n ’e st p as c e q ui n ous fa it
p lo nger d ans le film d u fa it , e ntr e a utr e s, d ’a ucu n p la n s e rré o u m êm e d e p la n p oit r in e s u r
l e s p ers o nnages.
L a c a m éra e st to ujo urs tr è s lo in d es p ro ta gonis te s.
L ’im ag e e st d onc
d is ta nte , p eu in tim e ( d u m oin s, à p re m iè re v u e).
L es c o nta cts s o nt tr è s r a re s.
J e ssic a p re nd
l e s m ain s d e s a s œ ur o u d e H ern an, le je une in génie ur-s o n, o u p énètr e a ve c s o n d oig t u n
t r o u d ans u n c râ ne fo ssilis é .
U ne s e nsu a lit é d onc a bse nte ( c o n tr a ir e m en t à C em ete ry o f S ple ndour d u m êm e r é alis a te ur e t s e s lo ng s m assa ges) q ui d onne lie u à d es ta ble aux fr o id s. A lo rs c o m ment s e f a it l ’im mers io n ? P ar l ’o uïe . C e q ue n ous p arta geons a ve c J e ssic a H olla nd c ’e st c e s o n, c e b ru it m éta lliq ue “ q ui v ie nt d u c e ntr e d e l a T e rre ” q u’e lle e nte nd p onctu elle m ent d ans s o n e sp rit e t d ont e lle i g nore l a s o urc e e t q ui t r o uble s o n s o m meil. C ’e st p ar c e b ru it s o urd q ue n ous s o m mes p ris d ans l ’in te nsit é d u r é cit , p uis q u’il s ’a git d u s e ul r é el e nje u a ppare nt d u f ilm : d ’o ù v ie nt c e s o n ? C e s o n q ui r é so nne d ans l a s a lle d e c in ém a j u sq ue d ans n os t r ip es, q ui n ous t é ta nis e d e s a l o urd eur e t d e s a g ra vit é e t q ui fa it b ascu le r le film d ans le s u rn atu re l. N ous p ouvo ns f a ir e u n p ara llè le a ve c l e p ro je t d e m usiq ue d ’a va nt- g ard e E ve ry w here A t T he E nd o f T im e p ar T he C are ta ke r, c o m posé d e s ix a lb um s c o rre sp ondant c h acu n à u ne é ta pe d e l ’é vo lu tio n d e l a d ém ence d ans l ’e sp rit d ’u n i n div id u. C e p ro je t d e s ix h eure s t r e nte , p arv ie nt p ar l e m êm e m agnétis m e q ue M em oria à n ous i m merg er d ans l ’e sp rit d ’u n i n div id u d ont la m ém oir e d evie nt d éfa illa nte e t q u i r e ste r e lié à la r é a lit é p ar le s e ul b ia is d u s o n.. »
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